sábado, 28 de fevereiro de 2015

Opinião: Eleanor & Park de Rainbow Rowell

24068972Editora: Chá das Cinco (Saída de Emergência)
ISBN: 9789897101229
Ano de Lançamento: 2012
Ano de Lançamento Portugal: 2015
Páginas: 336
Classificação: ★★★★ (4/5)


Fevereiro de 2015

Sinopse:


Dois inadaptados. Um amor extraordinário.



Eleanor... é uma miúda nova na escola, vinda de outra cidade. A sua vida familiar é um caos; sendo roliça e ruiva, e com a sua forma estranha de vestir, atrai a atenção de todos em seu redor, nem sempre pelos melhores motivos.

Park... é um rapaz meio coreano. Não é propriamente popular, mas vestido de negro e sempre isolado nos seus fones e livros, conseguiu tornar-se invisível. Tudo começa a mudar quando Park aceita que Eleanor se sente ao seu lado no autocarro da escola.

A princípio nem sequer se falam, mas pouco a pouco nasce uma genuína relação de amizade e cumplicidade que mudará as suas vidas. E contra o mundo, o amor aparece. Porque o amor é um superpoder. 

Opinião:

O que dizer sobre este livro? Que é possivelmente uma das leituras mais fofas de sempre? Parece-me um bocadito cliché mas é verdade! 



É oficial, Rainbow Rowell está a tornar-se uma das minhas autoras favoritas ( e ainda só li dois livros dela). Apesar de ter adorado este menino, dei-lhe apenas 4 estrelas, pois não me prendeu tanto como Fangirl

A história prima pela simplicidade. Adorei como tudo se desenrolou lentamente mas de uma forma que nos deixa a suspirar por mais a cada página. 
Não vou falar muito sobre a história, pois acredito que a magia deste livro está nos pormenores e têm mesmo que ler para perceberem. Não se deixem enganar, este livro não é como o que estamos habituados.

Esta é uma história sobre dois inadaptados de mundos totalmente diferentes que acabam por se apaixonar.


“Holding Eleanor's hand was like holding a butterfly. Or a heartbeat. Like holding something complete, and completely alive.” 

Eleanor não é a típica personagem dos romances contemporâneos. É uma rapariga gordinha, de cabelos cor de fogo e bastante indomáveis, que se veste de forma bastante estranha e louca.


“Eleanor was right. She never looked nice. She looked like art, and art wasn't supposed to look nice; it was supposed to make you feel something.” 

 Já Park é um rapaz meio coreano, meio irlandês, de olhos verdes, cabelo negro e um autêntico nerd! Adorei esta faceta da personagem.


“It was the nicest thing she could imagine. It made her want to have his babies and give him both of her kidneys.” 

Eleanor vive numa casa muito pequena, onde divide um quarto com os 4 irmãos. O padrasto da rapariga é basicamente uma besta e a mãe vive com medo do marido, com quem discute frequentemente e que por vezes lhe bate. O irritante é que a mulher não faz nada para salvaguardar os filhos e isso deixou-me em brasa.
Já a família de Park é totalmente o oposto. Com apenas um irmão e os pais completamente apaixonados um pelo outro, Park vive numa casa enorme e nunca lhe faltou nada. No entanto a relação com o pai, chega a ser um pouco complicada.

A forma como a história se vai desenvolvendo é absolutamente adorável e tão realista que nos desperta todo o tipo de emoções. No início ambos são bastante reservados e mesmo sem nunca falarem começam a aproximar-se através da música e da banda desenhada.
É lindo!!!!
Apesar dos momentos fofinhos e hilariantes, por vezes também encontramos situações que nos atingem em cheio cá dentro.



Senti-me exasperada com algumas atitudes de Eleanor. Por um lado, percebo porque é que a rapariga é assim e tudo mais mas...outras vezes só me apetecia saltar para aquele mundo e abraçá-la (outras vezes também me apetecia abaná-la um bocadinho -.-).

Recomendo vivamente que leiam este livro. É uma experiência única e só mesmo lendo é que vão perceber a verdadeira essência desta história.
Espero que a Saída de Emergência (Edições Chá das Cinco) não se fique só por este livro e que publique outras obras da autora.

Agora um pequeno momento que pode conter spoilers.


O final foi um pouco agridoce, na minha opinião. Sinceramente ainda não sei o que sentir em relação a isto. Queria mais! Falta ali qualquer coisa, não gosto de finais vagos! Aquelas duas palavras... quero acreditar que signifiquem o óbvio, mas sinceramente já não sei o que pensar. Não sei se tenha esperança que um dia mais tarde eles voltem a ficar juntos ou se é mesmo um adeus definitivo. 
A sério que não percebi porque raio é que ela nunca mais lhe telefonou ou escreveu (tirando aquele postal). 


Pessoal que já leu o livro, manifeste-se! Digam de vossa justiça :p


Laura ;)

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