quinta-feira, 2 de abril de 2015

Opinião: "Sob o Céu que Não Existe" de Veronica Rossi

Editora: Editorial Planeta
ISBN: 9789896573447
Ano de Lançamento Portugal: Maio de 2013
Tradução: Irene Daun e Lorena/ Nuno Daun e Lorena
Páginas:291
Classificação: ★★★★ (4/5)




Fevereiro de 2015


Sinopse:

" O mundo mantinha-os separados, mas o destino reuni-os. 
Aria viveu toda a sua vida no Casulo protegido de Reverie. Este era o seu mundo e nunca pensou sobre o que estaria para lá das fronteiras. Mas, quando a mãe desaparece, Aria vê-se confrontada a sair para o exterior para a procurar e a sobrevivência no deserto o tempo suficiente para a encontrar parece impossível. 
Então Aria encontra um estranho chamado Perry. Ele também está à procura de alguém. Mas é um Externo, um Selvagem, contudo é a única pessoa capaz de  a manter viva na travessia do deserto. E se conseguirem sobreviver serão a esperança um do outro para encontrar respostas às perguntas que vão surgindo à medida que se vão conhecendo."

 Opinião:

Oh Veronica Rossi... 


Esta foi, até ao momento, a maior surpresa de 2015. Já o tinha na minha estante há algum tempo (meses para ser mais exacta), à espera que a Editorial Planeta se resolvesse a publicar os restantes companheiros de trilogia (o que cada vez mais me parece improvável e me deixa completamente em brasa!).



A história tem lugar num mundo pós-apocalíptico, dizimado por uma espécie de tempestade eléctrica, a Aether. Os poucos humanos que conseguiram sobreviver à Aether foram divididos em dois grupos: os Moradores, que vivem isolados em complexos (Casulos) de alta segurança, controlados pelo Governo e os Externos que vivem em tribos fora desses complexos, no meio do nada.

Aria vive em Reverie, um dos vários Casulos fechados, onde os Moradores são mantidos em segurança, livres de doenças, violência e das imprevisíveis tempestades da Aether. Tudo o que sabem é que, para lá do Casulo apenas existe deserto e a Aether, que os conduzirá a uma morte certa se algum dia se aventurarem a sair do complexo. Chamam-lhe "A Loja da Morte" (nome interessante).

E vocês podem perguntar: "Mas se estão completamente isolados do mundo exterior, como é que esta gente não dá em doida?"
A resposta é simples. Como estão confinados a um pequeno espaço fechado, esta gente desenvolveu uma tecnologia, semelhante à realidade virtual, que permite criar ambientes/espaços virtuais, denominados Reinos. Nos Reinos podem fazer tudo o que quiserem, realizar todos os seus sonhos, socializar uns com os outros, conhecer outros lugares, etc. Estes ambientes virtuais não se limitam apenas à parte visual. Nestes lugares, as pessoas podem desfrutar de todas as sensações como se estivesse realmente lá.
Todos os Moradores possuem um aparelho, o Olho Inteligente, que é uma espécie de computador que se liga directamente aos terminais nervosos do cérebro e permite que as pessoas desfrutem de todas as sensações do mundo virtual. (Não sei porquê mas imaginei estes aparelhos como os que eram utilizados pelos Guerreiros do Espaço do DragonBall xD)



Com a partida da mãe, Lumina, para o Casulo de Bliss, Aria fica completamente sozinha em Reverie. Todos os dias comunica com Lumina até ao dia em que a ligação a Bliss é abruptamente cortada sem nenhuma explicação plausível. Isto deixa Aria em pânico e leva-a a procurar mais informações sobre o que aconteceu realmente em Bliss e à mãe. Para isso aproxima-se de Soren, o filho do chefe da segurança de Reverie que tem uma valente pancada e é bastante egocêntrico.
Quando Soren desafia os seus amigos a aventurarem-se por uma das áreas do Casulo, recentemente afectada pela Aether, a Ag 6, Aria vê uma oportunidade de apanhar Soren sozinho e tentar arrancar-lhe alguma informação.
Mas claro que esta pequena aventura na Ag 6 dá bronca e Aria acaba por ser acusada por vários crimes e é forçada a abandonar Reverie, sendo largada no meio da Loja da Morte, condenada a uma morte certa.

Perry é um Externo que sempre conheceu a realidade da sua tribo, os Águas, e vive num ambiente rudimentar onde a tecnologia não existe. Como irmão mais novo do líder dos Águas, também conhecido como Lorde Sangrento, Perry é visto como uma ameaça à liderança. Estas pessoas têm uma mentalidade um pouco animalesca, fizeram-me lembrar uma matilha de lobos, o que é fascinante.

Perry pertence ainda a um grupo especial de Externos, denominados Marcados. Estes humanos possuem um ou mais sentidos extremamente desenvolvidos. Existem três classes princiapais de Marcados: os Scire que apresentam um olfacto extremamente apurado, os Auds que possuem uma espécie de super audição e os Seers com excelente visão em qualquer ambiente. Estas habilidades permitem também que os Marcados se apercebam dos sentimentos e emoções daqueles que os rodeiam. Foi daqui que tirei a comparação com os animais e para ser sincera adorei estas particularidades.

Perry tem as suas próprias ideias e não concorda com a forma com os métodos de liderança do irmão. 
A única pessoa que o prende à tribo e que o impede de desafiar o irmão pela sua liderança é o seu sobrinho, Talon. Perry faz tudo pelo miúdo e quando este é raptado pelos Moradores e o irmão se recusa a ir salvar o filho, o Externo revolta-se e abandona a tribo em busca de Talon.

E é assim que os caminhos de Perry e Aria se cruzam e acabam por formar uma aliança improvável que não agrada a nenhum dos dois. No entanto, ambos acabam por perceber que não conseguiram atingir os seus objectivos sem ajuda mútua.
E já agora...eles são tão FOFOS!!!! *.*


Existiram ainda outras personagens que captaram a minha atenção pelas mais diversas razões. A primeira foi o Ruído (Roar), que achei uma personagem com bastante potêncial. Adorei a química entre ele e o Perry e até mesmo com a Aria, por isso espero mais novidades deste rapaz nos próximos livros. 
Fiquei bastante curiosa em relação a Liv, a irmã de Perry. Apesar de não ter aparecido, parece ser bastante badass e mal posso esperar por conhecê-la. Outro que me intrigou foi o Cinder. Quem raio é este rapaz e como adquiriu um poder tão destrutivo? Hmmm...



Gostei bastante do livro apesar de, no início, ter estranhado um pouco a escrita da autora. Somos lançados para este mundo sem aviso prévio e temos que ir tomando consciência do que se está a passar ali e o que levou à formação das diferentes comunidades. Estranhei mas gostei da narrativa e a meio do livro já estava mais que habituada à sua rapidez. 
Outra coisa que estranhei mas que adorei foi o facto da narrativa não estar na primeira pessoa mas ter dois pontos de vista distintos.

É realmente uma história fantástica que me surpreendeu e me deixou completamente rendida. Juro que tive uma vontade louca de comprar os restantes livros da trilogia em inglês logo de seguida mas, a muito custo, decidi esperar mais um tempinho e ver se a Editorial Planeta se resolve a publicar mais algum volume (as minhas expectativas são muito baixas, mas a esperança é a última a morrer). Entretanto aqui estou eu extremamente entusiasmada com a continuação desta série!








Laura :)

2 comentários:

  1. Olá!
    Eu queria muito ler este livro, mas ainda ando naquela de ponderar se vale a pena comprar ou não, porque o mais provável mesmo passado todo este tempo é ele não ter continuação em Portugal o que é uma pena.
    Beijinhos.

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    1. Olá! :D

      Pois... isto assim é muito mau. Não sabemos o que esperar...
      Já perguntamos à Planeta (há uns meses atrás) para quando estava previsto o lançamento dos segundo livro e a resposta foi a seguinte: "ainda não temos previsão". AHHH isto é frustrante! -.-
      Vamos tentar sondar a editora outra vez xD Pode ser que cedam só para não os chatearmos ahah xD
      Em último caso podes sempre investir na edição inglesa (pelo menos está completa)...possivelmente é isso que vou fazer em breve se a Planeta não se decidir :/

      A série vale a pena, pelo menos eu adorei e ando aqui a conter-me para não ir às compras xD

      Beijinhos.
      Laura

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