Editora: ASA
ISBN: 9789892326337
Ano de Lançamento Portugal: Maio 2014
Tradução: Margarida Malcato
Páginas: 252
Classificação: ★★★★ (4/5)
Julho 2014
Sinopse:
" Dezanove foram as vezes que Colin se apaixonou.
Das dezanove vezes a rapariga chamava-se Katherine.
Não Katie ou Kat, Kittie ou Cathy, e especialmente não Catherine, mas KATHERINE.
E das dezanove vezes, levou com os pés.
Desde que tinha idade suficiente para se sentir atraído por uma rapariga, Colin, ex-menino prodígio, talvez génio matemático, talvez não, doido por anagramas, saiu com dezanove Katherines. E todas o deixaram. Então ele decide inventar um teorema que prevê o resultado de qualquer relacionamento amoroso. Tudo isto no decurso de um Verão glorioso passado com o seu amigo Hassan a descobrir novos lugares, pessoas estranhas de todas as idades e raparigas especiais que têm a grande vantagem de não se chamarem Katherine."
“Do you ever wonder whether people would like you more or less if they could see inside you? But I always wonder about that. If people could see me the way I see myself—if they could live in my memories—would anyone, anyone, love me?”
Este foi o meu segundo livro do grande John Green (o primeiro foi o mítico, A Culpa é das Estrelas). Já tinha lido algumas opiniões que davam a entender que este era o mais fraquinho de todos os livros do senhor Green. Como só li dois livros dele, não posso "opinar" nesse aspecto, no entanto posso afirmar que se este é o pior dele, então meus amigos, os outros devem ser alucinantes pois achei que este está genial.
Definitivamente, o humor de John Green é o meu tipo de humor, disso já não há dúvidas (as notas de rodapé, são brutais. Sim, existem muitas mas é como se o John Green falasse connosco eheh).
Acredito que este livro possa assustar algumas pessoas, pois gira em torno da grande inimiga de muita gente. Sim, estou a falar da implacável MATEMÁTICA!
Calma, não é preciso entrar em pânico!
Obrigada, Damon.
Apesar de ter uma abordagem matemática são coisas muito simples e acreditem que não vão levar uma seca com teorias matemáticas que ninguém entende, longe disso. A parte complicada fica mesmo para o nosso Colin, ele é que é o génio.
No entanto é muito interessante perceber como a mente do rapaz trabalha e como aquela cabecinha consegue desenvolver um teorema que permite prever matematicamente a duração de uma relação e que é que vai por o ponto final naquela história de amor. O teorema é explicado de forma simples à medida que vai sendo pensado e no final do livro, temos um apêndice onde, quem tiver curiosidade, pode ter uma explicação um bocadinho mais detalhada do assunto.
Mas no que respeita à história, as coisas são bastante simples. Durante toda a sua vida, Colin namorou com 19 Katherines e todas elas lhe deram com os pés. Quando a 19ª Katherine o manda passear, Colin entra num espécie de depressão. É aqui que o seu amigo Hassan o convence a fazerem uma espécie de road trip para o ajudar a sair daquele estado depressivo. Colin concorda e partem rumo ao desconhecido.
É durante esta viagem que Colin percebe que não realmente um génio mas sim, um prodígio, ou seja, Colin consegue memorizar tudo e mais alguma coisa e aprender rapidamente mas nunca desenvolveu nem inventou nada por iniciativa própria, ou seja, não é um génio.
“There's a stark difference between the words 'prodigy' and 'genius.' Prodigies can very quickly learn what other people have already figured out; geniuses discover that which no one has ever previously discovered. Prodigies learn; geniuses do.”
É com este pensamento e com a vontade de ser alguém importante, que o rapaz começa a desenvolver um teorema matemático para prever relações. Ele não quer passar novamente pelo mesmo, 19 vezes já foram demais (além disso há sempre a hipótese da Katherine XIX o achar fascinante e voltar para ele).
“The problem exactly is that she dumped me. That I'm alone. Oh my God, I'm alone again. And not only that, but I'm a total failure in case you haven't noticed. I'm washed up. I'm former. Formerly the boyfriend of Katherine XIX. Formerly a prodigy. Formerly full of potential. Currently full of shit.”
Claro que as coisas vão dar muitas voltas mas é isso que dá piada ao livro.
Não tenham medo de ler este livro, mesmo que odeiem a matemática. Tenho a certeza de que vão gostar e quem sabe, ainda podemos ter alguém a sentir-se inspirado e a criar o seu próprio teorema, quem sabe?
“Books are the ultimate Dumpees: put them down and they’ll wait for you forever; pay attention to them and they always love you back.”
Laura
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